A paisagista Nana Guimarães recebeu o desafio de recuperar um pedaço da história de Roberto Burle Marx, um dos maiores mestres do paisagismo brasileiro. Com 5 mil m² de área total, o espaço em Belo Horizonte, Minas Gerais, já foi a residência oficial de alguns governadores do Estado.
Projetado na década de 1950, a renovação do ambiente trouxe diversas dificuldades à paisagista, sendo o maior deles encontrar as espécies nativas brasileiras do projeto original. Nãna realizou uma extensa pesquisa sobre as plantas guaimbê, camará, bela emília, trapoeraba roxa, fiesta e agave. Segundo ela, essas plantas deram texturas diferentes ao jardim, deixando-o totalmente harmonizado.
Um dos exemplos citados por Nãna, a giesta, uma planta pouco usada no paisagismo. “A maioria dos paisagistas e as pessoas, inclusive, não conhecem essa espécie, e, por isso, não produzem essa planta. O produtor não tem interesse de produzir uma muda que não tem venda, nem mercado”, pontua.
Além do jardim principal, a paisagista participou de vários ambientes da mostra.
Fonte: Papo de Paisagista